quinta-feira, 17 de novembro de 2011

René Arnoux em Hockenheim (1983): octagésima sétima vitória da Ferrari


    A Formula 1 teve nesse ano um intervalo de três semanas entre os Grandes Prêmios inglês e alemão. Logo, as equipes decidiram aproveitar esse tempo para fazer um conjunto de testes, onde foram experimentados novas soluções, e viam-se novos talentos para o futuro. Foram o que fizeram Brabham e Williams, e neste último, um jovem de 23 anos, então  lider absoluto na Formula 3 britânica, tinha o seu primeiro contato com a categoria máxima do automobilismo. Seu nome: Ayrton Senna.

     Na Williams, as coisas eram ainda mais estranhas, não tanto pelo fato de testar dois italianos vindos também da formula 3, Ivan Capelli e Pierluigi Martini, mas por permitir que um velhote de 54 anos desse umas voltas. Esse senhor era Strling Moss.

      Rumores falavam que Patrick Tambay iria embora da Ferrari, para ser substituido pelo jovem talento italiano Michele Alboreto, então na Tyrrell, e que a Arrows iria ser a terceira equipe a ser equipada pela BMW, depois da Brabham e da ATS.
 
 
      Nos treinos, o melhor foram os Ferrari, com Tambay na frente, no mesmo local onde ganhara o seu primeiro Grande Prêmio, um ano antes. Logo a seguir vinha o seu companheiro de equipe, René Arnoux. Na segunda fila estavam o Alfa Romeo de Andrea de Cesaris, que com o terceiro lugar no grid, igualava o seu melhor resultado do ano, ou seja, o terceiro lugar no grid da Bélgica. Ao lado do italiano alinhava o Brabham-BMW de Nelson Piquet. Os Renault monopolizavam a terceira fila, com Alain Prost à frente de Eddie Cheever.

     O melhor não-Turbo era o Toleman de Derek Warwick, no nono posto, seguido pelo seu companheiro, o italiano Bruno Giacomelli. Quem não se qualificou, para surpresa de todos, foi o ATS do alemão Manfred Winkelhock, que mesmo com o seu motor BMW Turbo, ficou de fora. o RAM de Kenny Acheson e o Osella de Corrado Fabi acompanharam-no nesta empreitada.
 
 
     A corrida começou com Tambay e Arnoux na frente, mas logo após a terceira volta, Arnoux assegura a liderança, para não mais a largar até ao final da corrida. E se as coisas ficaram resolvidas, pelo menos nas primeiras posições, mais atrás, ocorreu intensa batalha. Primeiro, quando Tambay abandona na volta 11 e De Cesaris assume o segundo lugar, mas perde-o com a subida de Piquet para esse posto. Um pouco atrás, Alain Prost não conseguia mais do que um quinto lugar, pois tinha sido ultrapassado pelo segundo Brabham, de Riccardo Patrese. Quando Arnoux vai aos boxes reabastecer, Piquet assume provisoriamente a liderança, mas depois devolve a Arnoux quando foi a sua vez de fazer o "pit stop".

     As coisas iriam ficar assim até perto, muito perto do final, quando a duas voltas do fim, o Brabham tem um vazamento de combustível, que causa um incêndio. E é assim que se perdem preciosos seis pontos...
 

     Com isto, o Alfa Romeo de Andrea de Cesaris alcança os seus primeiros pontos da temporada, e logo com uma subida ao pódio (segundo lugar)! Em terceiro fica o Brabham-BMW de Riccardo Patrese, seguido pelo Renault de Alain Prost, que com o problema do seu rival, consegue três preciosos pontos para a luta pelo campeonato. Depois dele, vinham os dois McLaren, os primeiros carros não-Turbo, de Niki Lauda e John Watson. Só que o austríaco tinha feito uma manobra irregular nos boxes (fez marcha-ré quando teve problemas na sua entrada), logo, os comissários não tiveram outra alternativa senão desclassificá-lo. Assim, Watson herdou o quinto lugar e o sexto posto ficou com o Williams de Jacques Laffite.

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