quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Ferrari Mondial 8 (1980)







     Miniatura de escala 1:18 da marca Hot Wheels em metal, com partes plásticas. Possui abertura total das portas, capô dianteiro e tampa do motor (central/traseira). O movimento das rodas dianteiras é comandado pela direção. Essa miniatura faz parte da coleção que faz alusão aos sessenta anos da Ferrari.

Sobre o modelo Ferrari Mondial 8:

     Normalmente associada a desportivos de dois lugares, rápidos e aguerridos, a marca fundada em 1947 por Enzo Ferrari, tem na sua história modelos mais familiares, espaçosos e confortáveis, sem perder a essência desportiva e o alto desempenho inerentes ao emblema do cavalo rampante . É o caso da Ferrari Mondial 8.

     A primeira versão, Mondial 8, foi lançada no Salão de Genebra de 1980 como sucessora da F 308 GT4. Era um 2+2 com elementos mecânicos similares aos da F 308, mas tendo como base um chassis mais longo e largo, com medida de entre eixos de 2,65 metros. Embora o motor permanecesse central traseiro e transversal, o que limitava as acomodações de passageiros e bagagem, havia espaço para quatro pessoas, uma combinação inédita num Ferrari.

     No interior, quase tudo era revestido a couro, o que se tornaria opcional em 1985, e a posição dos bancos ficava mais alta que o habitual na marca. O painel de instrumentos englobava velocímetro e conta-rotações à frente e quatro instrumentos menores à direita. O sistema de áudio alojado no console central, em frente do tradicional seletor da caixa de marchas com chapa-guia cromada. O grande volante de três raios movia um sistema de direção com relação mais alta, menos direta, que nos Ferrari de dois lugares. A Ferrari Mondial 8 era mesmo diferente, com um rolamento mais suave e mais silencioso.

      O seu desenho era, como se poderia esperar, proveniente do estúdio Pininfarina. Atraíam o olhar as amplas tomadas de ar laterais traseiras, que tinham como função a refrigeração do motor V8, todo em alumínio, de 2927 cm3 de cilindrada. Desenvolvia 214 cv à 6600 rpm, e 205 cv no mercado americano. Não era muita potência para os seus 1445 kg, mas permitia uma velocidade máxima superior a 220 km/h.

     As suspensões adotavam braços sobrepostos em ambos os eixos, equipados com freios a discos ventilados e pneus 240/55 VR 390. Foi o primeiro Ferrari de rua com direção assistida, injeção de combustível (Bosch K-Jetronic), coluna de direção ajustável e retrátil em caso de colisão, transmissão em posição transversal e subchassis traseiro removível, que sustentava o motor, caixa de marchas, diferencial e a suspensão posterior. Como na F 308, o piso era feito tipo "sanduíche" de aço e fibra de vidro, que o protegia da corrosão.

     Dois anos depois, surgia a Ferrari Mondial 8 Quattrovalvole, expressão italiana para as quatro válvulas por cilindro, que elevavam a potência para 240 cv às 7000 rpm. Além de alterações internas, um ano depois (1983), chegava a versão Cabriolet, muito apreciado nos EUA. A capota, de recolhimento manual, imitava o formato do teto rígido do coupé e os quatro lugares eram mantidos.

     Em 1985 surgia o modelo Ferrari Mondial 3.2. O número indicava o aumento de cilindrada para 3185 cm3, correspondendo à substituição do 308 pelo 328. Com injeção Bosch Motronic e 32 válvulas, o novo V8 entregava 270 cv à 7000 rpm. Modificações de estilo, como a frente e traseira totalmente da cor da carroceria, grade similar às do F 328 e retoques internos, identificavam a novidade. As rodas de 16 polegadas calçavam pneus 205/55 à frente e 225/55 atrás. A carroceria era galvanizada para melhor proteção contra a corrosão.

     A última evolução da série foi o modelo Ferrari Mondial T, uma combinação do modelo anterior ao motor que serviria ao coupé F 348, lançado pouco depois. Com 3405 cm3, lubrificação com cárter seco e sofisticado controloe electrônico, fornecia 300 cv à 7200 rpm, permitia uma velocidade máxima da ordem dos 240 km/h e uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em menos de 6 segundos. A curiosidade reside na montagem do novo motor ser longitudinal, mas a transmissão continuar transversal, explicando a sigla "T" no seu nome.

     O desenho já antigo recebia alterações para um leve rejuvenescimento, com tomadas de ar laterais menores e mais elementos na cor da carroceria. No interior, a boa notícia era que finalmente o banco traseiro era rebatível. Havia novos recursos eletrônicos, com sistema anti-bloqueio de freios ABS, suspensão ajustável em três modos pelo condutor e embraiagem automática.

      Em 1993 o Mondial era descontinuado.


Fonte: Bestcars

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