segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Carlos Reutemann em Brands Hatch (1978): septuagésima primeira vitória da Ferrari


     Quinze dias depois de Paul Ricard, a Formula 1 chegava a Inglaterra, desta vez, no circuito de Brands Hatch. Esperava-se que os Lotus dominassem a corrida, tal como vinha acontecendo desde a estreia do Lotus 79, em Zolder, mas as coisas, no fim de semana inglês,seriam um pouco diferentes...

     Normalmente, o GP britânico aceitava algumas inscrições pontuais, como acontecera com Tony Trimmer, no seu McLaren M23 da Melchester Racing. Entretanto, na Ensign, No Munn aceitou um segundo carro, para outro piloto local, Geoff Lees. Quem não pode correr em Brands Hatch, foi... René Arnoux, no seu Martini, pois os organizadores afirmaram que as 30 vagas estavam preenchidas.

    Nos treinos, os Lotus dominaram, numa pista um pouco afetada pela chuva. Mas quem ficaria na pole não era Mario Andretti, mas sim... Ronnie Peterson. O sueco se deu bem nos ares britânicos, e conseguiu o melhor tempo nos treinos, superando o piloto americano. Na segunda fila estava o Wolf do sul-africano Jody Scheckter e o Brabham-Alfa Romeo de Niki Lauda, e na terceira estava o Arrows de Riccardo Patrese e o Williams de Alan Jones. John Watson era o nono, atrás do Ferrari de Carlos Reutemann, Emerson Fittipaldi era 11º com o seu Copersucar, e Gilles Villeneuve era 13º no grid, à frente do McLaren de James Hunt.

     A qualificação permitou 26 carros, e dos 30 inscritos, quatro ficaram de fora. Trimmer e Lees foram os "contemplados", com o Arrows de Rolf Stommelen e o Surtees de Rupert Keegan que completarem o quarteto dos não-qualificados. Isto queria dizer que pilotos como Arturo Merzário, Brett Lunger e Hector Rebaque conseguiram o direito de correr no Domingo...


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     A corrida começa com uma boa largada de Andretti, que superou Peterson na liderança. A dupla manteve-se assim até à volta 6, altura em que o sueco teve uma perda de combustível e o motor parou definitivamente. As coisas continuaram assim até à volta 24, quando Andretti teve um pneu furado e caiu para o 11º posto. Quatro voltas mais tarde, foi a vez do motor de Andretti parar de vez. Era a surpresa, os dois Lotus não iriam acabar a corrida!

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     Assim sendo, a luta pela vitória ficou aberta. o Wolf de Scheckter assumiu a liderança, mas era atacado a todo o momento pela concorrência. Primeiro foi o Williams de alan Jones, que acabou se retirando na volta 26, depois foi Niki Lauda, que se aproximava paulatinamente do sul-africano. Oito voltas depois, Scheckter, com problemas no câmbio, cede a liderança a Lauda, e duas voltas mais tarde, sai da corrida. Agora, o austriaco tinha Patrese em segundo e Reutemann em terceiro, com um surpreendente Keke Rosberg, no seu ATS, no sexto posto, pressionando o Tyrrell de Didier Pironi, o quinto colocado.

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     Poucas voltas depois, Patrese tem problemas com um pneu furado e Pironi com a quebra do câmbio. Watson passava para a terceira posição, e era pressionado por Rosberg, que agora era quarto. Depailler, o quinto, espreitava ambos, esperando por uma falha para poder chegar ao pódio. Entretanto, Reutemann, que tinha os novos pneus radiais da Michelin, tinha conseguido chegar em Lauda e estava a espreita de uma oportunidade para chegar à liderança. Quando ambos viram o McLaren de Bruno Giacomelli, prestes a levar uma volta, na volta 60, Lauda hesitou e Reutemann aproveitou. O piloto da Ferrari aguentou até ao fim e conseguiu a sua terceira vitória no ano, com Lauda e Watson nos outros lugares do pódio.

     Nos restantes lugares pontuáveis tínhamos Depailler no quarto lugar, Hans Stuck, no seu Shadow, em quinto e  Patrick Tambay, no seu McLaren, em sexto. A corrida de Rosberg terminou na volta 56, quando a sua coluna de direção quebrou.

     Melhores momentos do GP:


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