segunda-feira, 4 de julho de 2011

Niki Lauda em Anderstorp (1975): quinquagésima quinta vitória da Ferrari


     Quinze dias após o GP da Belgica, a Formula 1 volta-se para o norte da Europa, mais especificamente à Anderstorp, palco do GP da Suécia. O pelotão da Formula 1, uma vez mais, sofria algumas alterações. A primeira era o regresso de Mario Andretti e da Parnelli, passados os compromissos que a equipe americana tinha nas 500 Milhas de Indianápolis. Depois tinhamos a Williams, que alinhava com dois novos pilotos: o irlandês Damien McGee, que substituia Arturo Merzário, que tinha saído da equipe, e o sul-africano Ian Scheckter, que substitua o francês Jacques Laffite, que corria na Formula 2, nesse mesmo fim de semana.

     Na Hesketh, o piloto local Torsten Palm estava de volta, enquanto que na Hill, o velho Graham Hill, adaptando-se ao cargo de diretor de equipe, substituía o francês François Migault pelo australiano Vern Schuppan.

     Na qualificação, aconteceu algo surpreendente: o March de Vittorio Brambilla conseguiu o melhor tempo, obtendo uma inédita "pole-position", e a primeira da marca em cinco temporadas. Ao seu lado tinha o Tyrrell de Patrick Depailler. Na segunda fila estavam o Shadow de Jean Pierre Jarier, com o Brabham de Carlos Reutemann no quarto posto. Niki Lauda, o vencedor das duas últimas corridas do campeonato, era o quinto no grid, com o segundo Brabham de José Carlos Pace no sexto posto. A quarta fila tinha o segundo Shadow de Tom Pryce e o segundo Tyrrell de Jody Scheckter e, para fechar o "top ten" estavam o Lotus de Ronnie Peterson e o Surtees de John Watson. Todos os 24 pilotos presentes alinhariam na corrida.

     Na largada, Brambilla manteve o comando, seguido por Depailler, Jarier, Reutemann, Pace e Lauda. Poucas voltas depois, o argentino conseguiu passar o Shadow do piloto francês, mas somente na volta 15 é que começaram as alterações significativas na classificação. Primeiro foram os freios de Depailler que falharam, depois foram os pneus de Brambilla que tiveram problemas, fazendo com que fosse ultrapassado por Reutemann. O italiano foi às boxes e voltou à corrida no meio do pelotão.

     Com isto, Jarier era o segundo, seguido por Pace, Lauda e o seu companheiro, o suiço Clay Regazzoni e o italo-americano Mario Andretti. As coisas mantiveram-se assim até à volta 39, quando o motor Cosworth do carro de Jarier superaqueceu e "entregou a sua alma ao Criador", dando à Brabham o primeiro e o segundo lugar na corrida, até aqule momento, pois Pace ficou com o lugar. Mas isso durou pouco tempo, pois na volta 41, o brasileiro sai da pista, cedendo o lugar a Niki Lauda.

     Com o passar das voltas, o austriaco aproximava-se paulatinamente de Reutemann que, por sua vez, começava a ter problemas de direção, tornando-se cada vez mais difícil controlar o seu carro. A dez voltas do fim, Lauda já estava encostado no Brabham do argentino, e tentou uma manobra de ultrapassagem. Foi bem sucedido, e arrancou rumo à sua terceira vitória consecutiva.

     Reutemann conseguiu manter o segundo posto, à frente de Regazzoni, e nos restantes lugares pontuáveis ficaram os americanos Mário Andretti, no seu Parnelli, e Mark Donohue, no seu Penske. Para fechar os lugares pontuáveis, ficava o Hill de Tony Brise, que conseguia conquistar os primeiros pontos, bem como a sua equipe. Iria ser o único ponto da sua breve carreira.

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